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A IMORALIDADE EM CORINTO

Texto Áureo: I Co. 6.1 - Leitura Bíblica em Classe: I Co. 5.1-6; 9-11 Objetivo: Compreender que Deus repudia ao pecado, e, por isso, a igreja deve intervir na disciplina com vistas à saúde espiritual. INTRODUÇÃO
A igreja de Corinto, como toda igreja carnal, além das divisões e partidarismos, tinha casos vergonhosos de imoralidade sexual (porneia em grego). Na lição de hoje, estudaremos a respeito da situação imoral na qual se encontrava aquela igreja. Em seguida, mostraremos algumas recomendações bíblicas quanto à disciplina da igreja diante do pecado. Ao final, destacaremos que a disciplina é necessária, e mais que isso, é saudável tanto para a igreja quanto para aquele que é disciplinado. 1. A IMORALIDADE NA IGREJA DE CORINTO
Na igreja de Corinto a imoralidade sexual era comum. Isso acontecia porque a igreja era cúmplice, ou seja, tolerava o pecado. Havia um caso aviltante naquela igreja de relacionamento de um homem com a mulher do seu pai. Paulo deixa claro, em I Co. 5.1,2, que um caso como esse não teria apoio sequer no meio daqueles que não professam a fé cristã. Provavelmente, não se referia a própria mãe, pois se assim o fosse Paulo o teria dito. O ofensor, portanto, teria seduzido a mulher do seu pai, isto é, a madrasta, ainda que não fique explicitado se isso teria acontecido após o divórcio ou da morte do pai. Em todo caso, tratava-se de uma prática sexual ilícita, denunciada pelo Apóstolo e proibida tanto pelas leis romanas quanto judaicas (Lv. 18.8). A esse respeito, destacamos que: 1) não se pode fazer concessão ao pecado (v. 1) – a igreja havia se acostumado com tais práticas (v. 2); 2) é preciso chorar e lamentar o pecado – a palavra grega usada é penthein, cujo sentido é de alguém que pranteia num funeral, ao invés de chorar, a igreja estava ensoberbecida; 3) não se deixar ensoberbecer com o pecado – é triste saber que aquela igreja não apenas apoiava o pecado, mas se jactava dele (v. 6), o politicamente “correto” e a aplicação da tolerância havia chegado ao extremo, é possível que não mais se levasse em conta o absoluto, o relativismo cultural já havia tomado conta da igreja, por isso, essa não mais disciplinava os pecadores (v.2). 2. O VALOR DA DISCIPLINA NA IGREJA
A fim de que não venhamos a entrar pelo caminho do mundo, defendendo que o errado é certo e que o certo é errado (Is. 5.20), a igreja precisa atuar amorosamente na disciplina dos pecados na igreja. Seguindo a admoestação de Paulo para aqueles dias, a igreja deve exercitar a disciplina do transgressor: o referido homem da I Epístola aos Coríntios deveria ser entregue a Satanás (v. 3-5). Essa expressão não é muito comum no Novo Testamento, podemos encontrar relação com I Tm. 1.20. O sentido subjacente em ambos os casos é que fora da igreja se encontra a esfera de Satanás (Ef. 2.12; Cl. 1.13; I Jo. 5.19), por isso, extrair alguém do escopo da igreja seria entregá-lo à região de Satanás. Outra expressão de difícil compreensão, ainda nessa passagem, é a respeito dessa entrega para a “destruição da carne”. Pelo contexto, é possível inferir que Paulo deseja que o ofensor, após a exclusão, tenha consciência das perdas e passe a se lembrar com nostalgia das coisas de Deus, nos tempos que estava na igreja, e, por fim, se arrependa dos seus pecados e se volte para Deus. Para Paulo, a disciplina é um ato de amor, pois, ainda que no momento seja duro tomar a decisão pela exclusão de alguém que tenha pecado, essa atitude pode muito bem redundar em graça e o ofensor poderá vir a ser salvo, e, para maior alegria, poderemos ver aquele que uma vez foi excluído, voltando-se para Deus e a ser encontrado no dia do Senhor, por ocasião do arrebatamento da igreja (v. 5). 3. A ATUAÇÃO DA DISCIPLINA BÍBLICA
Conforme vimos anteriormente, a disciplina tem um valor especial para a saúde da igreja local. Essa, porém, deva ser aplicada a partir de alguns princípios bíblicos: 1) é um ato imperativo – isso quer dizer que não deva ser uma opção, pois é uma ordem de Deus (I Co. 5.2,13; Mt. 18.17); 2) é um ato coletivo – não é apenas uma decisão da liderança, mas de toda a igreja, os membros da igreja devam referendar a disciplina (I Co. 5.4); 3) é um ato restritivo – os crentes estão no mundo, mas não podem pactuar com as coisas do mundo, por isso, devem viver espiritualmente separados das práticas pecaminosas, caso contrário o pecado passará a ser aceito com naturalidade dentro da igreja; 4) é um ato de julgamento – à igreja foi dada a autoridade para discernir, pela Palavra, o certo e o errado, sendo uma agência do reino de Deus, por isso, quando alguém é disciplinado, deixa de fazer parte desse Corpo, expondo-o, caso não se arrependa, à ação de Satanás; 5) é um ato preventivo – se o fermento velho não for lançado fora, a massa toda vai ser contaminada (v. 7), a igreja, por conseguinte, precisa preocupar-se com os membros de dentro, pois os de fora Deus os julgará (v. 13); 6) é um ato de perdão – não se deve excluir a possibilidade do perdão na disciplina, o propósito deva ser sempre o da restauração (v. 5), para tanto, a disciplina deva ser aplicada com lágrimas, e, quando houver arrependimento do ofensor, a igreja deverá amar, consolar e perdoar o pecado, recebendo-o de volta à comunhão. CONCLUSÃO
A igreja de Corinto, como algumas igrejas da atualidade, toleram o pecado, e o pior, em determinados contextos esse é assumido com naturalidade. A fim de que essa não seja uma prática comum naquela e em nossas igrejas, Paulo instrui a respeito da necessidade da disciplina. Ainda que dolorosa, essa precisa continuar sendo atuante, não somente para a saúde da igreja, mas para a possível preservação da alma do ofensor. Para tanto, a disciplina cristã deva ser feita com lágrimas, sobretudo com amor, na esperança que o pecador se arrependa e se volte para o Senhor que é longânimo para perdoar. BIBLIOGRAFIA
LOPES, H. D. I Coríntios. São Paulo: Hagnos, 2008. MORRIS, L. I Coríntios: Introdução e comentário. São Paulo: Vida Nova, 2007.

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