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COISAS SACRIFICADAS AOS ÍDOLOS

Lição 08 COISAS SACRIFICADAS AOS ÍDOLOS
Texto Áureo: I Co. 10.20 - Leitura Bíblica em Classe: I Co. 8.1-4; 10.14; 18-22.1-5,7,10,11 Objetivo: Mostrar que o crente deve usufruir da liberdade cristã, contanto que essa não infrinja o mandamento do amor a fim de evitar que o irmão mais fraco fique escandalizado. INTRODUÇÃO O culto aos ídolos costuma ser acompanhado de festejos com farta alimentação. Esses alimentos são dedicados às divindades que são adoradas. Na lição de hoje, veremos que a carne sacrificada aos ídolos se constituiu num problema com o qual a igreja de Corinto não sabia lidar. O apóstolo Paulo traz uma série de recomendações especificando o cuidado que a igreja deveria ter com a carne sacrificada aos ídolos, e, por extensão, trata de como o crente deva exercitar, em amor, a liberdade cristã. 1. O PROBLEMA DA CARNE SACRIFICADA AOS ÍDOLOS A situação na igreja em Corinto, em relação à carne sacrificada aos ídolos, era bastante problemática. Primeiramente porque era uma prática social, isto é, participar de uma refeição num templo ou qualquer outro lugar associado a um ídolo fazia parte da etiqueta formal daquela sociedade (10.27,28). Além disso, a maior parte do alimento vendido nos mercados, havia sido oferecida aos ídolos em sacrifício (8.10). Segundo o costume, parte do animal sacrificado era distribuída entre o altar ao deus, os sacerdotes e parte aos cultuadores. Os sacerdotes vendiam o que não podiam utilizar, por isso, era muito difícil saber se a comida de um determinado mercado era proveniente de um sacrifício (10.25). Por causa dessa incerteza, os crentes de Corinto queriam saber do Apóstolo se poderiam ou não se apropriar de algum alimento que tivesse sido oferecido aos ídolos pagãos. Ao invés de apresentar uma resposta direta sobre o assunto, Paulo clama para um dos fundamentos centrais da ética cristã: o amor. A princípio, reconhece que o conhecimento inutiliza a força da divindade, com isso, ressalta que o ídolo não tem qualquer valor. Aquele que tem esse conhecimento tem plena liberdade para se apropriar de qualquer comida, até mesmo aquela sacrificada aos ídolos. 2. AMOR, O FUNDAMENTO QUE LIMITA A LIBERDADE CRISTÃ Conforme vemos em I Co. 8.4, Paulo destaca a existência de um só Deus, por isso, os cristãos fortes tinham fundamentos teológicos suficientes para se apropriarem da carne vendida nos mercados ou oferecidas pelos amigos incrédulos. A resolução do problema, entretanto, não estava no conhecimento, isto é, na teologia, mas na falta de atitude amorosa para com os mais fracos na fé. Paulo diz que o conhecimento, isto é, a gnosis precisa ser balanceada com o ágape, ou seja, o amor. A ética cristã não é governada pelo acúmulo de conhecimento, mas pelo amor genuinamente cristão (I Co. 8.13). Por essa razão, é preciso aprender a abrir mão de certos direitos a fim de preservar a fé do irmão mais fraco, considerando que a vida espiritual do irmão é mais importante que o direito à liberdade. Ainda que Paulo elogie o grupo forte, e mais que isso, se identifique com esses, resolve pôr em suspenso esse direito, abrindo mão do direito de comer carne a fim de não escandalizar os irmãos fracos. Fica evidenciado nas instruções do Apóstolo que o conhecimento, desassociado do amor, ensoberbece (I Co. 8.1). E quando o conhecimento ensoberbece, o caminho para a arrogância está bem próximo, bem como o do sectarismo. Aqueles que conhecem a Deus, e mais importante, que são conhecidos por Ele (I Co. 8.3), não se deixa levar pela arrogância, não tocam trombetas, cultivam a humildade. Como destacou W. Kay, “O conhecimento orgulha-se de ter aprendido tanto, mas a sabedoria humilha-se por não saber mais”. O conhecimento tem a sua serventia, deve ser buscado e estimulado, mas preciso, acima de tudo, ser regido pelo amor (I Co. 8.1). Guiados pelo amor, não vivemos apenas para nós mesmos, mas para o Senhor, e por conseguinte, para o próximo. 3. APLICAÇÕES PRÁTICAS PARA A IGREJA CRISTÃ O problema da igreja de Corinto era a questão do consumo de carne sacrificada aos ídolos. Dependendo da localidade, e da época, os questionamentos dos cristãos podem ser outros: se é permitido ou não praticar esportes, tomar ou não um pouco de vinho, assistir ou não a televisão, entre outros. O princípio exposto por Paulo em sua I Epístola aos crentes de Corinto se aplica muito bem aos dias atuais. Talvez não seja possível dar as respostas individuais que os crentes desejariam. Isso porque alguns, mais liberais, querem que o crente possa fazer tudo o que deseja. Outros, mais ascéticos, aconselham à privação de tudo. O caminho bíblico em relação à resolução desses problemas na igreja deva ser o bom senso, sobretudo com equilíbrio. Evitar os extremos parece ser a saída mais apropriada. Ademais, é válido destacar que tudo nós é possível, mesmo assim, não nos deixaremos levar por nenhuma delas (I Co. 6.12). É preciso ponderar nas atitudes, considerando que existem em nosso meio alguns irmãos mais fracos, e, por esse motivo, não devamos levar a liberdade cristã aonde bem quisermos. Por causa desses irmãos, isto é, em amor a eles, a consciência fraca que ainda têm, o melhor é privar a liberdade. É salutar também que se leve em consideração o respeito mútuo pelas diferenças no que tange às questões menos significativas. O amor cristão, conforme Paulo instruiu os irmãos de Roma, é o fundamento do relacionamento cristão (Rm. 14.13-23). CONCLUSÃO A consciência exerce um papel fundamental na liberdade cristã. Mesmo assim, não é bom pensar que essa, por si só, seja a Palavra de Deus. Devemos levar nossos julgamentos perante o crivo da Escritura, pois há muita gente com a consciência cauterizada pelos seus pecados (I Tm. 4.2). A consciência do crente mais fraco vê pecado em tudo e o demônio em todos os lados (Rm. 14.23; I Co. 8.10). O crente mais forte, por ter conhecimento, não precisa mostrar arrogância perante tais irmãos. Em respeito à consciência deles, é mais sábio instruí-los, com amor e carinho, na verdade cristã, a fim de que, no tempo propício, ocorra o amadurecimento. Enquanto isso não acontece, atuemos com sabedoria, e, se preciso for, aceitemos o desafio de Paulo: “se o manjar escandalizar a meu irmão, nunca mais comerei carne, para que meu irmão não se escandalize” (I Co. 8.13). BIBLIOGRAFIA MORRIS, L. I Coríntios: Introdução e comentário. São Paulo: Vida Nova, 2007. PRIOR, D. A mensagem de I Coríntios. São Paulo: ABU, 2001.

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